Malta, antes de mais amanhã, segunda, não há treino.
E agora começa a "crónica" do estágio:
Começámos oficialmente o estágio quando entrámos no autocarro mas o estágio a sério começou logo que chegámos à base naval do Zebro fomos recebidos por um grupo de 6 instrutores que nos dividiram em duas equipas (Alfa e Bravo) e, durante todo o estágio fizemos as actividades e exercícios separados e só nos víamos nas horas de refeições e nos quartos.
Assim que nos dividimos, a equipa Bravo teve o seu líder (chefe de turma) designado, que foi o Rodrigo Freudenthal. Eu só vou contar o percurso da equipa Bravo, pois foi nela que eu estive.
Depois de nos ser designado um líder, fomos para a porta da barbearia onde perguntaram ao nosso líder se nós íamos TODOS rapar o cabelo ou se ninguém ia e a resposta foi que todos íamos rapar o cabelo e foi isso que aconteceu mas como demorava cerca de 5 a 10 mins por pessoa e éramos cerca de 15 pessoas, demorou algum tempo onde ficámos à porta da barbearia formados e se nos ríssemos teriamos de fazer flexões. Depois de todos cortarmos o cabelo, fomos todos em formação a marchar até ao refeitório onde tivemos que esperar que todos estivessem prontos para se sentar e tivemos que pedir autorização ao militar mais graduado presente para nos sentarmos a comer. Este procedimento aconteceu em todas as refeições.
Depois de comermos fomos para perto da barbearia onde tivemos 15mins para telefonar aos pais e depois os nossos telemóveis foram recolhidos pelos treinadores e guardados. Depois disso fomos para o quarto onde nos explicaram todas as regras dos Cotés (quartos comuns para 12 pessoas) e nos disseram para tomar banho, arrumar tudo e depois ir dormir. Quando estava tudo deitado na minha camarata houve uma divisão entre quem queria ir logo dormir e quem queria ficar a falar. Com isto acabámos por adormecer todos até cerca da meia noite e meia.
Estávamos todos a dormir quando, às 3h30 da manhã nos entraram os fuzileiros pelo quarto com um megafone com uma sirene, a bater nos cacifos de metal e a gritar "TOCA A ACORDAR, TUDO A FORMAR LÁ EM BAIXO!!!!!!". Na nossa turma, como ainda tínhamos todos muita energia, toda a gente achou graça à situação e esteve bem disposta nas inúmeras subidas e descidas das escadas entre o nosso quarto e a porta de entrada dos quartos, para todos conseguirmos arranjar uma roupa onde ficássemos todos de igual, onde, da primeira vez que nos pediram isso nós, tivemos a ideia esperta de vir só de calças de fato de treino e em tronco nu, onde não teríamos o problema das T-shirts iguais, que mais tarde se revelou uma dificuldade. Mas os instrutores não gostaram da nossa ideia e depois de mais muitas subidas e descidas conseguimos vir todos iguais.
Depois disso fomos para uma zona à porta de um túnel, onde entrámos com a missão de encontrar o "Kadafi", que supostamente estaria naquele túnel. Toda a gente conseguiu ultrapassar o túnel em grupos de três, estando este em completa escuridão e sendo muito estreito(só se passava a rastejar).
Depois de uma hora acordados deixaram nos voltar aos quartos às 4h30 da manhã para dormirmos e acordarmos às sete. Às sete horas fomos acordados e fomos fazer o "cross" matinal que é uma corrida pela base que dura cerca de 15mins, que é em jejum e o objectivo é activar os musculos e ajudar a melhorar o corpo dorido. Depois do cross fomos ao pequeno almoço às 8h e depois fomos até ao Hangar da unidade de meios de desembarque onde nos ensinaram como montar um bote dos fuzileiros e depois de montar dois deles dividimos a equipa em 2 fomos pelo rio a remar, com o objectivo de aprendermos a coordenar os seis remos. Depois, quando íamos a regressar à base, o barco onde ia o Danone e o Didas e etc... encalhou e eles não conseguiram de lá sair, por isso, tiveram que ir os barcos a motor com cabos puxá-los e quem estava no barco teve de entrar na água com lodo para empurrar o bote que pesava cerca de 150kgs. E, nesse momento, quando todos já tinham entrado no bote, o Danone ficou sózinho na água a empurrar e, atingiu um fundão e de estar com água pelos joelhos passou a ter água pelos ombros e ficou todo molhado... Depois fomos aos cotés trocar de roupa e fomos à piscina, para o instrutor ver se nós sabíamos nadar ou não, para saber se podíamos todos fazer a travessia do rio ou não.
Depois da piscina tivemos uma aula de orientação e interpretação dum mapa e fizemos um pequeno circuito de teste. Depois fomos almoçar e à tarde fizemos jogos de equipa e coordenação. Depois deses jogos tivemos as duas equipas juntas num treino de rugby. Depois do treino de rugby fomos todos fazer a "travessia" do rio, que correu e soube bem, por causa de todo o calor. Asseguir ajudámos os fuzileiros a guardar e desmontar os botes todos e fomos para os quartos tomar banho. Depois fomos jantar e a seguir ao jantar tivemos uma aula de primeiros socorros onde aprendemos a técnica de respiração boca a boca e a posição lateral de segurança (P.L.S).
Depois disso, às 10h da noite fomos mandados dormir e nós, desconfiados, percebemos que a meio da noite seríamos acordados, algo a que os instrutores responderam: "HOJE não vos acordamos, estão muito cansados.". Nós, a início acreditámos, mas cedo percebemos que não era verdade mas, sem nada a fazer "desmaiámos" de cansaço às 10h da noite. E, com toda a razão, às 4h30 da manhã fomos acordados e ao perguntarmos aos fuzileiros porque é que tinham mentido eles desculparam-se dizendo que "ONTEM(era antes da meia noite)" tinham dito que nós não seriamos acordados nesse dia mas como eram quatro da manhã já era o dia seguinte... Depois fomos levados à mata perto da base onde nos dividimos em grupos de 5 para intrepetarmos um mapa e percorrer um percurso. Esse percurso correu bem a todos e acabámo-lo já de dia. Depois nem fomos dormir e fizemos o "cross" matinal e tomámos o pequeno almoço. Depois mandaram-nos preparar uma toalha de banho e roupa para estragar e trazê-las na mão. Depois fomos a um balneário e vestimos essa roupa para estragar. A seguir fomos as duas equipas juntas para uma pista perto do rio, cheia de lodo. Esse foi um momento de muita diversão e descontração, onde todos nos rimos de nós e dos outros ao afogarmo-nos no meio do lodo. Depois fizemos uma competição por estafetas entre as duas equipas, por um percurso onde nos afogávamos quase totalmente e a equipa Bravo ganhou mas não foi isso que importou porque estávamos todos muito divertidos. Depois das estafetas fomos jogar rugby no lodo e acabou tudo com um mergulho de todos para um charco onde ficámos todos nós cobertos da cabeça aos pés literalmente cheios de lodo e o Tomás Cohen e um Fuzileiro também ficaram sujos. Depois disso fomos para o banho e depois disso muitas pessoas optaram logo por deitar a roupa toda directamente fora, devido ao estado em que estavam e ao cheiro que tinham. Depois disso fomos visitar o museu dos fuzileiros e encontrámo-nos com o comandante da base, a quem agradecemos a abertura desta base para nós "civis". Acabámos por almoçar todos e despedimo-nos dos fuzileiros que nos acompanharam na estadia. Depois disso fomos a marchar até às portas e, esgotados de cansaço, viemos para casa.
Termino esta crónica por dizer que foi um estágio inesquecível, que nos mudou a todos e nos aproximou e muito como amigos e principalmente como EQUIPA.
Deixo os meus agradecimentos, e penso que toda a equipa concorda, a:
Tenente Rosinha
Equipa Alfa:
Marinheiro Antunes
Cabo Martins
Sargento Dias
Equipa Bravo:
Marinheiro Brandão
Cabo Baço (ou Basso não sei como se escreve correctamente)
Sargento Costa
E aos membros da equipa técnica que nos acompanharam:
Ricardo Vieira
Tomás Cohen
Duarte Saldanha.
Muito obrigado a todos pelo fim-de-semana inesquecível!!!
Um grande Abraço,
Leandro.
destro-ÇAR!!